terça-feira, 30 de novembro de 2010

Universidade Federal de Goiás – UFG
Faculdade de Artes Visuais – FAV
Pólo: Aparecida de Goiânia
Disciplina: - Estágio Supervisionado III -Ateliês – Poéticas Contemporâneas/Diálogos Intermidiáticos
Professoras: Letícia Segurado Côrtes , Rogéria Eler
Acadêmico: Nazareno Pereira Filho

Avaliação Processual:
• Percurso "estranhamento do familiar"
• Escolha da porta de entrada
• Etnografia da porta de entrada
• Elaboração da proposta de intervenção
• Discussão nos fóruns da proposta com orientações com formadores e tutores
• Realização da proposta (aplicação)
• Avaliação dos resultados (esta que você está fazendo).


Iniciamos nosso percurso por uma cidade até certo ponto conhecida, até então a considerávamos, pois me criei aqui, na carta que escrevi no presencial declarei-a como o meu pedaço do mundo, nasci e morrerei aqui é meu desejo. A busca por atravessar sua rua que minhas pegadas já estavam registradas na memória do dia a dia, inda ao trabalho, e foi na proposta da cidade educadora que vi o tanto me era me causara estranheza, a cidade se mostrou numa narrativa visual totalmente nova, experimentei outros sabores, outros cheiros, e tudo que evidente explicito agora era casual e inédito.
Caminhar pela cidade, tentado observá-la não com o mesmo olhar do cotidiano, mas como observador atento em busca de uma porta de entrada: Onde a cidade me toca e como isto me muda? – era o pensamento a cada passo, abriram dois grandes leques históricos, pois me deparei com um monumento tombado pelo os órgãos governamentais, mas em ruínas, então pensei em dar um grande abraço simbólico, e em segundo plano a Praça Americano do Brasil, com sua retórica de Oasis de calma dentro da cidade em ebulição e barulhenta. Minha escolha não foi por acaso a praça porque e o que ela representa de povo e liberdade, em um contexto de expressão histórica: “ à praça é do povo”. Aquela praça que se modificou tanto através do tempo, antigo cemitério, praça de comércio, parque da cidade que um dia eu brinquei e que ainda tem algumas Baobás que conheceram quando criança, onde estudei pela primeira vez arte atrás da biblioteca municipal, praça da nova biblioteca onde dei aulas mais tarde, a praça do avião, a praça do povo que compra que vende nas gambiras a céu aberto, dos vendedores de revistas, de melancia, do raizeiro que vende seu produto que servem para quase tudo, esse era o universo que agora eu estava penetrando as vezes como intruso ou mero passante, mas sempre com olhar de observador atento.
Afinal enfim foi escolhida a “porta de entrada” e agora o que propor como medidor para seus conflitos, como ensinador e aprendiz, retorno aos contornos da proposta da cidade educadora e da minha grande orientadora a “arte”, ao dialogar com os fóruns da nossa disciplina se expandia para o contexto de ensino da arte na contemporaneidade, e foi ali que busquei me expirar. O movimento que chamou a atenção que teria de unir arte, educação e a contextualização da praça, e o movimento que trazia para convergência era se não o movimento que começa nos anos de 1960 de Intervenção na Cidade, é um movimento que ainda esta muito em alta e já tinha visto algo em revistas, principalmente o artista brasileiro Vik Muniz com sua figuras feita com perolas, Mary Monroe, ou com caviar, e depois fotografadas. Fechada esta minha intervenção eu tinha a porta de entrada, a inspiração do movimento só faltava como iria traduzir tudo isso para meu universo a praça. Tirei varias foto do lugar e foi numa fotografia de tarde que sobre veio a idéia, ao observar as sombras notei que se voltasse no mesmo lugar não em hipótese nenhuma tornaria a conceber o mesmo ângulo, nem o mesmo sol, nem a mesma luz, nem a mesma sombras. Então a presença de cada pessoa naquela fotografia era única, e que só a sombra se á luz, então fotografei a presença passageira e efêmera das pessoas ali presentes, como numa digital marcada no chão da praça a sombra meu objeto arte de estudo. Impregnar a praça de pessoas pintando as sua sombras no chão, e para marcar sua efemeridade propus usar também uma tinta que irá se diluir com a chuva, e passar.
Passarte não é uma palavra que existe no dicionário ela uma junção de passantes com arte, e é o nome que dei a nossa proposta, e ao mesmo uma analogia com a instituição da arte do passageiro, transitório que traduz um dos aspectos da Intervenção Urbana dos anos 60.
Estas reflexões me devolvem as nossas base dos conteúdos das nossas disciplinas e suas orientações e que me deram caminhos nestas observações e que quero citar:

“É uma escola presente na cidade e que cria novos conhecimentos sem abrir mão do conhecimento historicamente produzido pela humanidade, uma escola científica e transformadora”
(GADOTTI, 2005, p 3).
“. [...]A primeira dimensão consiste em considerar a cidade como conteúdo de educação, com suas instituições, recursos, relações, experiências. Essa dimensão se identifica com a fase ‘aprender na cidade’. A segunda dimensão é a que considera o meio urbano um agente educador, um emissor de informação e de cultura, trata-se do ‘aprender da cidade’. A terceira dimensão é a que considera a cidade como conteúdo educativo e a expressão que a define é: ‘aprender a cidade’ [...]”CAVALCANTI (2001).

A realização parte do pré-suposto da participação dos passantes pela praça e se deu da seguinte forma entrevista filmada, 3 perguntas, e a colaboração das pessoas para emprestarem a sua sombra para que eu as pintasse. De pouco a pouco foram colhidas as impressões pela praça quantas necessárias foram até formamos um indução plásticas, concluídas a contento.
Dar um significado do ensinar e aprendizagem da arte, da própria arte em si, é difícil, a respeito de tão extensos seja tais ciências, mas é inerente a todos os seres humanos. Desde a proposta inicial a sombra nosso produto arte foi tomando diferentes cargas conceituais e emocionais, partindo de uma simples sombra, aquela que nos segue toda vida, para um conceito mais lúcido de considerá-la parte do sujeito individualmente e que cada sombra ali representada era de cidadão célula da sociedade da praça, membro cidadão da cidade, do país. O enfoque deste trouxe varias reflexões, em relação ás pessoas que participaram do evento vi um envolvimento despretensioso e ao mesmo tempo indagador, encarado como ingênuo e ás vezes entenderam a maneira conceitual da intervenção ou talvez nem tomado conta de tal profundidade, os pares se envolveram de forma divertida e livre como é a proposta da arte a de que cheguemos a ela com o coração livre e sem amarras. Quanto a mim aprendi que o artista ou arte educador aprende muito mais que ensina, e que a cidade esta propondo novos olhares onde nos possuamos construir e contribuir de forma positiva para um novo saber de nos mesmos.



Bibliografia:
Licenciatura de Artes Visuais: modulo 7/Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Arte Visuais- Goiânia: FUNAPE, 2010.
Site:
www.artenaescola.org.br
XXIV Bienal de São Paulo. Regina da Silveira

domingo, 28 de novembro de 2010

LEITURA INSPIRADA

Leitura inspirada/ texto poético
Nazareno Pereira Filho

Caminho
Rumo, direção,
A cada passo,
Cada surpresa.
Caminho.
Fora, pro mundo,
Fora do ninho,
Arriscar.
Caminho,
Percurso, diário,
Reconhecer, te conhecer,
Refletir, se refletir.
Caminho,
Cidade, estranheza, descoberta,
Se encontrar, encontrar os outros.

PLANO DE INTERVENÇÃO

Universidade Federal de Goiás – UFG
Faculdade de Artes Visuais – FAV
Pólo: Aparecida de Goiânia
Disciplina: ES-III3 Estágio Supervisionado 3
Professora: Letícia Segurado Côrtes
Alunos: Nazareno Pereira Filho

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
TITULO: PASSANTE

INTRODUÇÃO


- Desenvolver um projeto de arte educação a partir do tema cidade educadora é no mínimo desafiador e ao mesmo tempo enriquecedor. A cidade com suas inúmeras possibilidades do conflito à suas mediações, intervenções, potencialidades e diversidades culturais.
- É nestes desafios que o educador, como parte inserida neste contexto, deverá reconhecer cada ator deste processo, e ao mesmo tempo se reconhecer nele.










OBJETIVOS GERAIS



- Desenvolver o conceito de cidadania usando como ferramenta conceitual a arte.
- Acidade é um organismo vivo em transmutações constantes que não para nem para se pensar, que não se revisita ou valoriza seu passado, portanto não terá futuro, este projeto busca reconhecimento da cidade nela mesma, nos seus atores,seus problemas e suas diversidades culturais.



















OBJETIVOS ESPECIFICOS

- Interagir artes e passante
- Aprimorar o conhecimento sobre cultura.
- Identificar a que tribo cultural o passante pertence
- Identificar cada passante como parte integrante do organismo “cidade”
- Fortalecer a formação do conceito da palavra cidadão.



















JUSTIFICATIVAS


- Ensino da arte fora do contexto escolar, em ambiente de ensino não formal, tendo como alvo pessoas comuns, passantes.
- Levar arte e cultura onde povo esta “na praça”
- Levar os passante a reflexões sobre sua existência como parte desta célula social.
- Contribuir para o confrotamento e reconhecimento da cidade em nos.




















CRONOGRAMA




- Dia 19/11 -Entra em contato com meus principais parceiros – neste caso com projeto Ponto de cultura- Tenda jovem. Responsável pela filmagem fotografias e edição das mesmas.
- Dia 19/11 -Secretaria de Cultura- para permissão para execução do evento.
- Dia 29/11 – Execução da intervenção;






















METODOLOGIAS



- Em principio será abordado os passantes da praça pata a realização de uma pequena entrevista para a identificação do participante.
- Em segundo lugar usando tinta para capturar as sombra, que é como rastos visíveis da presença da pessoas, esta digital de sombra será deixada como marca da presença temporal dos passantes.




















AVALIAÇÃO


A avaliação será feita durante o evento pelo os participante e será filmada.